Operação Policial apreende mais de 470 animais silvestres em Paraibano e demais cidades


Uma operação liderada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF-MA) e contou com o apoio de força de segurança e duas organizações não governamentais, resgataram 472 animais silvestres no Maranhão. A ação durou 10 dias e foi realizada em uma região que compreende a BR-230.

A iniciativa se concentrou nas cidades de Balsas, São Raimundo das Mangabeiras, Loreto, São Domingos do Azeitão e Paraibano. Segundo a polícia, os animais traficados seriam levados para serem comercializados ilegalmente em feiras da Bahia e de Pernambuco.
Entre as espécies resgatada, a maioria eram papagaios. Dos animais, quatro espécies vivem em regiões de cerrado no Maranhão. Os traficantes se aproveitam do período de reprodução e montam armadilha nos ninhos e roubam os filhotes.

A maioria das aves que foram apreendidas poderiam morrer durante o trajeto. Ao todo, 31 pessoas vão responder por crime ambiental e maus tratos e as multas somadas, podem passar de R$ 1 milhão.

Além dos papagaios, pássaros menores que estavam em gaiolas foram resgatados e em seguida, devolvidos à natureza.

Entretanto, parte dos papagaios estão em abrigos onde serão alimentados por uma equipe de veterinários e biólogos, até que estejam em condições para retornar à natureza.

“A intenção é a gente continuar cuidando deles até que possam ser soltos. Fazer um projeto de reintrodução cientificamente tenha aprovação, tudo certinho, com monitoramento, mas é um projeto que a gente não sabe se vai dar certo ou se eles vão ser encaminhados para um CETA”, disse Pedro Henrique Yamassaki, biólogo.

Segundo o Grupo de Enfrentamento à Crimes Ambientais da Polícia Rodoviária Federal, todos anos, pelo menos 5 mil animais são resgatados em operação contra o tráfico de animais silvestres.

“Aqui é um corredor bastante específico porque os traficantes usam, pega aqui o papagaio e outros animais silvestres. Então vai para Caruaru, Feira de Santana, onde tiver rodovia, eles estão despachando esses animais. Ela foca onde tem o elo, dessas pessoas que pegam o animal e ficam jogando de um para outro”, explica Inspetor Caio Leonel.

 

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