
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, soou um alerta à população diante do aumento de casos de intoxicação e mortes provocadas por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo. Segundo ele, a situação é considerada “anormal” pelo número de registros em um curto período de tempo e exige cautela no consumo de destilados enquanto as investigações avançam.
Padilha destacou que nenhuma hipótese deve ser descartada quanto à origem das falsificações. Ele mencionou a suspeita levantada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de que o metanol poderia ter sido usado na lavagem de garrafas e embalagens reaproveitadas por falsificadores. O ministro reforçou que todas as linhas de apuração precisam ser consideradas.
Outro ponto levantado pelo ministro foi a possibilidade de atuação de organizações criminosas. Embora o governador Tarcísio tenha descartado essa hipótese, Padilha afirmou que a Polícia Federal está analisando todos os cenários. Para ele, o envolvimento do crime organizado não pode ser ignorado, sobretudo porque o metanol é uma substância relacionada também ao setor de combustíveis, o que amplia a dimensão do problema.
Padilha ressaltou a gravidade da situação: “Estamos de fato vivendo uma situação anormal. Tivemos, em dois meses, mais casos concentrados em um único estado do que o registrado anualmente em todo o país nos últimos anos.” Diante desse quadro, a recomendação é que os brasileiros evitem o consumo de bebidas alcoólicas até que os responsáveis sejam identificados.
O ministro lembrou que o álcool não é um item essencial, mas sim de lazer, e que a suspensão do consumo de destilados por precaução pode salvar vidas. “Não custa absolutamente nada, até o esclarecimento da situação, reforçar os cuidados e evitar a ingestão desse tipo de bebida”, afirmou.




